quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pediatras - vilões do desmame precoce

Pediatras querem deixar de ser os vilões do desmame precoce
Por Fernanda Ravagnani
SÃO PAULO (Reuters)

Os médicos, e não as mães, são os maiores responsáveis pela interrupção precoce da amamentação exclusiva no Brasil. O diagnóstico é deles, e a vontade de mudar essa realidade explica a lotação do colóquio "Dúvidas do pediatra sobre amamentação", durante o Congresso Brasileiro de Pediatria, que se encerra neste sábado em São Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados somente com leite materno durante os 6 primeiros meses de vida, e que a amamentação seja mantida como complemento até os 2 anos de idade. Mas dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil a amamentação exclusiva dura em média apenas 23,4 dias. Em São Paulo, a média é de apenas 9,2 dias.

Segundo Hugo Issler, pediatra da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, os médicos são os maiores responsáveis pela introdução de fórmulas (leite em pó) para complementar a amamentação. "Nunca encontrei, em 20 anos de trabalho, um caso em que precisasse complementar (o leite materno)", disse ele durante o evento.

A coisa parece simples, mas na verdade é tão complicada que, em meio a campanhas do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria na Semana da Amamentação, a sala cheia de profissionais bem-intencionados foi inundada por dúvidas que refletiam as das pacientes. Como fazer o bebê dormir à noite? E se o peito fica muito cheio? E o bebê que não chora? E se o bebê não ganha peso alimentado apenas ao seio materno? E se não aceita o leite ordenhado? Pode dar água? E chá?

A primeira das conclusões que resultaram desse caldo de dúvidas se resume numa frase: "É normal." Os pediatras ressaltaram que é preciso mostrar segurança e tranquilidade para garantir às mães que é normal que os bebês chorem e acordem à noite, que é normal que o seio pareça "murcho" às vezes, durante as crises transitórias de lactação, e que uma perda de peso ocasional do bebê não é motivo de desespero.

A recomendação é que, diante de um bebê que não ganha peso ao ser amamentado, o pediatra esgote todas as possibilidades: faça exames tanto na mãe como no bebê para investigar se há infecções, disfunções hormonais ou até síndromes genéticas e metabólicas.

Além disso, ações importantes como o contato do pediatra com a mãe antes do nascimento da criança para orientá-la sobre o assunto e o apoio de grupos de mães também evitam que a amamentação seja interrompida sem necessidade.

Os pediatras precisam mais que tudo ouvir a mãe para entender o que está atrapalhando a amamentação, antes de sair receitando leite em pó, explicou Keiko Miyasaki Teruya, co-diretora do Centro de Lactação de Santos. Fatores como o estresse ou até a depressão pós-parto são difíceis de detectar e podem atrapalhar a produção de leite.

Outras sugestões foram monitorar o peso do bebê com intervalos de pelo menos uma semana, para evitar distorções, e acompanhar a criança em consultas quinzenais, e não mensais, como é praxe, nos três primeiros meses de vida.

Teruya atribuiu os problemas também ao número insuficiente de horas dedicadas ao estudo da amamentação no currículo de formação dos pediatras brasileiros.

DIREITO, NÃO OBRIGAÇÃO
Mas o incentivo à amamentação exclusiva passa longe do patrulhamento e do "terrorismo". "Não adianta forçar a mãe que não quer amamentar a fazê-lo, porque a criança não ganha peso mesmo assim", disse Teruya.

"Não podemos fazer propaganda ameaçadora à mãe", recomendou Issler. De nada adianta aumentar a pressão sobre ela mostrando pesquisas que provam que bebês amamentados exclusivamente são mais inteligentes, por exemplo.

O consenso foi que a amamentação é um direito, e não uma obrigação. Mas os benefícios mais do que comprovados do leite materno valem todo o sacrifício para esclarecer e incentivar as mães a amamentar.

E, para não deixar ninguém curioso, as respostas às dúvidas acima mencionadas foram: para o bebê dormir à noite, pode-se tentar dormir junto com ele, pelo menos nos primeiros meses de vida.

Se o peito fica muito cheio, recomenda-se ordenhar o primeiro leite e congelar, oferecendo ao bebê o leite posterior, mais rico em gordura, e guardando o congelado para os períodos em que a produção naturalmente diminui -- como no fim do dia.

Se o bebê não chora, não precisa acordá-lo para mamar -- basta acompanhar se ele está crescendo bem. Se não estiver, aí sim é preciso "ser britânico" e despertá-lo a cada três horas.

Para dar o leite ordenhado, é preciso usar um copinho, uma colher ou uma seringa, nunca uma mamadeira. O pediatra deve saber ensinar a fazer isso. E não, não pode dar água nem chá.

http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2003/10/11/ult27u38739.jhtm#

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Porque não dar agua

Porque não dar água ao bebê que é amamamentado exclusivamente

Dar água para um bebê que tem menos de seis meses é desnecessário e pode até mesmo ser perigoso!

Crianças que são amamentadas, freqüentemente, recebem grande quantidade de água através do leite materno. Aproximadamente 90% do leite materno é formado por água!O risco de infecções nos bebês é muito aumentado se ele recebe água.

O risco de introduzir bactérias e outros patógenos é tremendamente aumantado com o uso da água (ou qualquer outra coisa além do leite materno) nesse período. A contaminação pode vir pela própria água ou dos utensílios usados para dar água ao bebê (chuquinhas, mamadeiras, copos etc.). Crianças que não são exclusivamente amamentadas tem maiores taxas de diarréia e outras doenças que crianças exclusivamente amamentadas. Apenas a água encontrada no leite materno é pura o suficiente para os bebês pequenos.

Se tomar água, o bebê será menos nutrido do que deveria. Leite materno contém agentes anti-bactérianos e anti-virais, que agem como uma primeira imunização do bebê. Se a água substitui o leite materno em alguns momentos, a criança não vai receber o máximo de proteção que iria se fosse apenas amamentado.

A produção do leite materno pode diminuir. O suprimento do leite materno depende principalmente da demanda do bebê. Se o bebê está recebendo água e sugando menos, a mãe vai produzir menos leite.

Dar água ameaça a proteção contraceptiva da amamentação. A criança que bebe água sente-se mais "cheia" e conseqüentemente vai sugar menos. A mamada freqüente é necessária para uma efetiva proteção contraceptiva, portanto a mãe não estará protegida de uma outra gravidez pelo mesmo tempo que estaria se ela não desse a água ao bebê.

Se uma criança tem diarréia leve, amamente mais frequentemente. Se tem uma diarréia moderada ou severa, amamente mais frequentemente, mas também dê reidratação oral.

Lembre-se: à criança normal não deve ser oferecido nada além do leite materno nos seis primeiros meses. Se a mãe pensa que seu bebê tem sede, ela deveria beber mais água e amamentar mais freqüentemente!

esse texto foi retirado do site www.aleitamento.org.com.br atualmente fora do ar
fonte: Wellstart International - USA (Expanded Promotion of Breastfeeding Program)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Reunião mensal de outubro

Nosso próximo encontro mensal, será realizado no sábado, dia 18/10, às 16:00, no parquinho do Parque da Rua do Porto

É isso mesmo, ao ar livre, sentadas em cangas no gramado, uma forma de divulgar o grupo para mais pessoas.

Lembramos também que as reuniões semanais voltaram a acontecer, todas as quintas-feiras, às 15:30, no Centro de Atendimento Integrado – CAI, Rua Adelina Tarcia, 141, Algodoal (telefone do local: 3412-2910)

Este local pertence ao Hospital dos Forncedores de Cana e firma ainda mais a nossa parceria com o Banco de Leite Humano, que dá todo o respaldo profissional para nossas indagações.

Lembrem-se que os bebês também são nosso convidados!

As reuniões são para falarmos dos problemas e das alegrias de amamentar, em todas as fases. Aproveitem para encontrar outras mães com bebês pequenos e ouvir suas experiências.

Aberto a gestantes, mães, pais, enfim, todos que estão dispostos a conversar sobre a arte de amamentar.

Também é objetivo do nosso grupo divulgar e promover uma cultura de amamentação.
Mesmo que não existam dúvidas nem dificuldades, venha partcipar das nossas reuniões! Sua participação é importante para juntas tentarmos recriar uma cultura mais amiga da mãe que amamenta.


Maiores informações, entre em contato através do e-mail grupomama@terra.com.br ou dos telefones 9608-7275 - Juliana ou 9663-9858 - Raquel

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Relato de amamentação

Relato de amamentação de Raquel, mãe de Elias

Quando engravidei pensei e planejei muito o parto, mas em momento nenhum pensei no depois, em como seria a amamentação. Para mim seria uma coisa simples, era só colocar no peito para mamar e pronto.
Não sei até onde esta minha falta de expectativas foi boa ou ruim. Em partes foi bom porque não fiquei com medo de ter problemas de algo dar errado, não tive frustrações porque não foi como eu queria, as coisas simplesmente foram acontecendo...
A única coisa que eu tinha era certeza que teria leite e que teria muito.
Na minha família todas tiveram bastante leite, lembro da minha tia doando leite, ela amamentou os cinco filhos, o mais novo até uns quatro anos. Minha mãe amamentou os quatro e lembro-me dela dizendo em vários momentos que tinha que tirar um pouco o excesso de leite para eu não engasgar, porque eu espaçava mais as mamadas que os outros três. Minha irmã, também amamentou a filha, vazava leite até quase um ano. Então a única ciosa que eu esperava era ter bastante leite!
Sei que ter muito leite não quer dizer nada, mas esta era a única expectativa que eu tinha.


O Elias nasceu, veio direto para o meu colo com o cordão ainda pulsando. Eu sem saber bem como tudo funcionava tentei colocá-lo para mamar direto sem deixá-lo descobrir primeiro, meu cheiro, minha pele, como se naquela hora ele tivesse que mamar, subestimei um pouco o contato que é tão essencial.

Acabou que ele não mamou naquela hora, teve apenas o contato, meu colo. Hoje me questiono que se não tivesse conduzido tanto aquele momento ele poderia ter sido mais especial e ele poderia ter descoberto meu seio, meu mamilo, ter mamado na primeira hora, coisas que considero tão importante e que é uma das coisas que pretendo superar com o próximo filho, sentir que fiz melhor.

Não sei bem que horas que ele mamou mesmo, porque eu dormi, não sei se foram 2 horas depois ou se foram 4, mas ele mamou. Fiz as coisas com a simplicidade que esperava que fossem, coloquei-o no peito e dei de mama, não sabia nem percebi que ele pegava errado, fazia muito barulho para mamar, a enfermeira depois veio me explicar que não podia fazer barulho, me mostrou como deveria ser a pega, como ele tinha que abocanhar, não tive muita dificuldade para corrigir a pega, mas este primeiro dia de pega errada me rendeu uma pequena fissura, nada grave, mas doeu por vários dias.

Segundo dia meu seio começa a ficar inchado, outra coisa me faltava conhecer melhor, apojadura. O pouco que sabia era da minha irmã comentar de quando o leite dela desceu.

Já me casa meu seio muito duro, mal dava para o Elias abocanhar. Antes de dar mama eu fazia uma pequena massagem ao redor do mamilo e tirava um pouco de excesso para ele conseguir pegar o seio, esta pelo menos foi uma das poucas informações sobre amamentação que levei da minha gestação.

Nas primeiras noites ele mamava de hora em hora, eu não sabia que existia gente que ensinava bebê a mamar com horários então pensava que estes horários iam surgir naturalmente. Demorou um pouco para ele ter um horário mais padronizado, mas não demorou muito para ele não acordar mais de hora em hora à noite...

Assim foram passando os dias, no começo ele ficava bravo com o excesso de leite, mas logo ele aprendeu a mamar ‘cuspindo’ o excesso, tinha que deixar uma fralda de pano sob a boca dele para pegar este excesso que escorria. Além de outra fraldinha no outro seio que vazava enquanto ele mamava.

Ele não tinha padrão nenhum durante o dia às vezes fazia intervalos de 30 min. outras raras vezes fazia de quase 2 horas, eu com receio de que não mamasse o leite gordo do final da mamada resolvi que se mamasse muito perto daria o mesmo seio, trocava de seio a cada 2 horas, a cada intervalo de 2 horas um seio não importa quantas mamadas ele fizesse, em menos de 2 horas seria no mesmo seio e mesmo assim ele não chegava a esvaziar o seio.

Com um pouco menos de um mês ele fez pela primeira vez um intervalo de 5 horas direto dormindo, este primeiro intervalo foi aumentado aos poucos, com três meses ele fazia entre 8 e 10 horas seguidas, mas isto tinha um inconveniente, meus seios ficavam muito cheios e eu chegava a acordar com dor nos seios. Resolvi começar a tirar leite antes de dormir para não acordar com dor durante a noite, esvaziava os seios à noite antes do banho, não tinha ainda banco de leite na cidade, este leite era usado então para as mais diversas coisas, desde alimentar as cachorras até ser passado como hidratante de pele durante o banho. Às vezes eu media por curiosidade, tirava em um copo, outras vezes tirava dentro do Box deixando escorrer pelo corpo, eram uns 100/200 ml jogados fora diariamente. Aos poucos fui tirando menos e a produção se ajustando até que não precisei mais tirar o excesso antes de dormir para dormir confortável.

Com dois meses ele começou a chupar dedo, para mim no começo isto foi motivo de grande preocupação, mas fui atrás de pessoas que o filho tivesse chupado dedo e o que encontrei é que crianças amamentadas por pelo menos dois anos costumavam parar de chupar o dedo sozinhas antes disso, as que mantinham geralmente tinham sido desmamadas antes dos dois anos. Como eu pretendia amamentar por dois anos, como a OMS recomenda, fiquei mais tranqüila. Às vezes ele largava o peito para chupar o dedo. Sempre que via ele chupando o dedo tentava tirar e dar o peito, tinha vez que isto o deixava muito bravo, tinha vez que funcionava.

Desde que nasceu ele nunca dormiu no quarto dele, no começo deixava num moisés ao lado da cama, depois a primeira dormida era no berço, depois vinha para o meu lado. Apesar dele dormir boas horas de sono seguidas, o resto de noite que faltava ele acordava com intervalo máximo de 1 hora e meia, acordando umas três vezes até acordar de vez. Então ele dormir este finalzinho ao meu lado me ajudava muito a descansar e ajudava na amamentação noturna. Quando começou a esfriar o tempo e eu tomei mais coragem assumimos de vez a cama compartilhada e ele passou a dormir a noite todo ao meu lado, o que facilitou ainda mais as acordadas.

Os seis meses se aproximavam e eu comecei a questionar porque eram seis meses para introdução dos alimentos e não cinco ou sete? As únicas respostas que encontrei foram que antes dos seis meses não poderia dar nada, mas que poderia adiar um pouco a introdução. Sem o peso dos seis meses nas costas fui levando mais um pouco. Meus irmãos vieram visitar, fomos viajar e assim se passou mais um mês. Com sete meses já planejando introduzir os alimentos o Elias pegou uma virose, não só ele como meu marido, eu meu irmão, meu pai e mais metade das pessoas que encontramos no aniversario do meu irmão. Muitos vômitos, diarréia, muito leite materno e algum remédio, dado na colher. Ele chegou a quase desidratar, não aceitou soro, mas o leite materno foi suficiente para não deixá-lo piorar mais. Com esta virose ele começou a acordar mais a noite e seguiu acordando por muito tempo...

Depois que ele melhorou resolvemos começar com os alimentos. Ele tinha criado certa repulsa pelas colheres já que eu tinha dado algum remédio nelas e ele só as tinha conhecido para isto.
Já havia lido que quando a criança está pronta para os alimentos ela tem já certa capacidade de se alimentar sozinha, então foi assim que começamos: Elias, comida e muita sujeira!! Depois comecei com a colher e bem aos poucos com todos os alimentos.

Só depois de um ano que fui levar a alimentação mais a serio, evitar que ele mamasse antes de uma refeição, tentar dar sempre nos mesmos horários, ele foi comendo cada vez mais e reduzindo aos poucos as mamadas.

Com um ano e pouco ele fez uma greve de amamentação. O que é uma greve? É quando a criança para subitamente de mamar e isto dura apenas alguns dias, ele ficou quatro dias praticamente sem mamar, nos primeiros dois ele até pedia o peito, mas não mamava, pagava e largava, nos outros dois nem isto, nem mesmo a noite, nem dormindo.

Foi difícil para mim, eu não sabia o que era esta tal de greve e tive muito medo do desmame, para mim, amamentar menos do que a OMS recomenda seria em parte um fracasso, além de que não acho que nem eu nem ele estávamos prontos, ele ficava com o dedo na boca olhando para mim, como se quisesse mamar, mas algo o impedisse. Depois destes quatro dias ele mamou dormindo e aos poucos foi voltando a mamar, depois para compensar ele mamou muito mais do que de costume por umas duas semanas. Lógico que com esta grave a produção diminuiu e em partes ele mamar mais foi uma forma de estimular a produção a voltar ao normal.

A partir da greve ele foi aos poucos diminuindo a sucção digital, até que com um ano e oito meses ficou uma semana sem chupar o dedo, depois mais umas e foi indo assim por mais um mês até que ele largou de vez, com um ano e dez meses ele já não chupava mais dedo e pouco depois já parecia que nem sabia o que era aquilo, confirmando minha teoria de que se eu mantivesse a amamentação ele largaria o dedo antes dos dois anos.

Desde que ele passou a acordar a noite eu adiei tomar alguma atitude. Pensei em esperar um ano, depois um ano e meio, depois dois anos, mas geralmente pensava em fases que ele acordava mais e quando passavam eu resolvia levar mais e não fazer um desmame noturno. Eu nunca gostei da idéia de negar o mama, mesmo à noite e sempre acreditei que a amamentação noturna tinha certa função, afinal o pico de prolactina, hormônio responsável pela produção, ocorre na madrugada e nunca achei que isto fosse por acaso.

Quando decidimos pelo segundo filho comecei a pensar mais no desmame noturno, já sabia que poderia amamentar durante a gestação se ela não fosse de risco, já tinha decidido fazê-lo, mas amamentar dois a noite não estava nos meus planos. Conversando com uma amiga ela disse que os filhos passaram a dormir a noite toda durante suas gestações, resolvi então esperar engravidar, afinal teria mais nove meses para resolver isto.

Engravidei, os seios ficaram mais sensíveis, mas a amamentação continuou sem maiores problemas, às vezes tinha que arrumá-lo no peito ou tomar mais cuidado quando ele pegava ou soltava o seio se fosse de qualquer jeito poderia doer.

Com três meses de gestação e o Elias tendo dois anos e meio, resolvi desmamar a noite, de uma forma bem lenta e calma. Simplesmente parei de oferecer, se ele resmungava tentava confortá-lo de outra forma, se não tivesse jeito dava mama. Só com isto em poucas semanas ele já dormia bem melhor.

Conforme a gestação foi caminhando o leite foi diminuindo, cada vez menos leite, eu já não consigo mais tirar uma gota, mas ele ainda mama normalmente, bem menos vezes. A gestação segue tranqüila, uma coisa não está interferindo na outra, não dói para dar de mama, o peito fica mais sensível o que faz com que eu tenha que tomar mais cuidado principalmente quando ele quer mexer a cabeça mamando ou na hora em que vou tirar o peito.

Aos poucos ele foi reduzindo as mamadas, mesmo antes de eu engravidar ele já não mamava mais tantas vezes. Aos dois anos ele mamava em media umas cinco vezes, agora quase no final da gestação ele tem mamado apenas umas três vezes, acredito que quando o bebê nascer ele vá querer mamar mais vezes, mas vejo que ele está em processo de desmame, não sei bem quanto tempo isto vai levar, se vai ser alguns meses ou mais de um ano, mas percebo que ele está desmamando no ritmo dele e que uma hora ele vai parar. Eu pretendo levar até onde ele for e vamos ver como será amamentar dois filhos...

Raquel, mãe de Elias 2 anos e 9 meses mamando

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Voltamos com nossas reuniões semanais

É com muita alegria que informamos que temos um novo local para realizar as nossas reuniões semanais!

Assim, gostaríamos de convidá-las para o próximo encontro, que será realizado AMANHÃ, dia 02/10, às 15:30, no Centro de Atendimento Integrado – CAI, Rua Delina Tarcia, 141, Algodoal (telefone do local: 3412-2910).
Seguiremos fazendo os encontros às quintas-feiras, neste mesmo local e horário.

Este local pertence ao Hospital dos Forncedores de Cana e firma ainda mais a nossa parceria com o Banco de Leite Humano, que dá todo o respaldo profissional para nossas indagações.

Lembrem-se que os bebês também são nosso convidados!

As reuniões são para falarmos dos problemas e das alegrias de amamentar, em todas as fases. Aproveitem para encontrar outras mães com bebês pequenos e ouvir suas experiências.

Aberto a gestantes, mães, pais, enfim, todos que estão dispostos a conversar sobre a arte de amamentar, podendo não só serem ajudadas por outras mães, mas contribuir muito com sua experiência.

Também é objetivo do nosso grupo divulgar e promover uma cultura de amamentação.
Mesmo que não existam dúvidas nem dificuldades, venha partcipar das nossas reuniões! Sua participação é importante para juntas tentarmos recriar uma cultura mais amiga da mãe que amamenta.

Maiores informações, entre em contato através do e-mail grupomama@terra.com.br ou dos telefones 9608-7275 - Juliana ou 9663-9858 - Raquel

Participem com a gente e nos ajudem a divulgar as reuniões!!