quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Banco de Leite Humano

O Banco de Leite Humano (BLH) é um centro especializado, obrigatoriamente vinculado a um hospital materno e/ou infantil. Ele é responsável pela promoção e apoio ao aleitamento materno e execução das atividades de coleta, processamento e controle de qualidade do leite humano (LH) para posterior distribuição aos bebês.

As doadoras de leite são captadas no município de Piracicaba e região. Elas devem ser mulheres sadias que apresentam produção de leite superior às necessidades de seu filho e que se disponham a doar o excedente por livre e espontânea vontade com o objetivo de ajudar o próximo sem fins lucrativos.

Há na região uma carência de um serviço específico para referência em apoio ao aleitamento materno. O BLH do HFCP atende as gestantes e nutrizes do município já que sabemos que o leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê, sendo essencial incentivar o aleitamento exclusivo, que protege os bebês da maioria das doenças e proporciona um desenvolvimento e crescimento saudável ao lactente, além de fortalecer os laços afetivos entre mãe e bebê. O aleitamento traz também vantagens para a mãe, como a prevenção da hemorragia pós-parto e diminuição do risco de câncer de mama e ovário.

O BLH fornece leite humano pasteurizado a bebês prematuros, recém-nascidos de baixo peso que não sugam, com enteroinfecções e casos excepcionais com indicação médica ou nutricional.

Atendemos de segunda à sexta-feira das 08h às 17h e aos sábados das 07h às 13h. Para ser doadora basta agendar um atendimento para realizar o cadastro e receber as orientações sobre a ordenha, armazenamento e transporte do leite. Ressaltamos que o leite pode ser trazido diretamente ao BLH ou retirado no domicílio da doadora com horário agendado.


Enfª Dayse Ruiz de Araujo Banco de Leite Humano
Gestão Materno Infantil
Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba
Fone: 19-3403.2820
bancodeleite@hfcp.com.br

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Amamentação a La Carte

Amamentação a La Carte

Amamentação em intervalos pré-determinados é um mito. Houve um tempo em que se pensava que bebês deveriam mamar a cada 3 horas, ou a cada 4 horas e por exatamente 10 minutos de cada lado! Você já se perguntou o porquê de 10 minutos e não 9 ou 11?

Claro, adultos nunca comem por “10 minutos em cada prato a cada 4 horas”. Quanto tempo a gente leva para terminar o prato? Isso depende do quão rápido a gente come. É o mesmo com bebês. Se eles mamam rápido, podem gastar menos que 10 minutos, mas se mamam devargar, podem gastar bem mais.

O adultos comem em horários pré-determinados somente porque as obrigações de trabalho forçam-nos a organizar suas refeições desta forma. Normalmente, nos dias de folga, a rotina usual é mudada sem qualquer dano à saúde. Contudo, ainda existem pessoas que acreditam que os bebês precisam ser acostumados a mamadas de horário e fazem referências vagas à disciplina ou boa digestão.

Para um adulto, a comida pode esperar. Nosso metabolismo permite que esperemos por uma refeição e a comida é exatamente a mesma agora ou daqui a uma hora. Mas seu bebê não pode esperar. Sua fome é urgente e a comida dele muda se a refeição se atrasa. O leite humano não é um alimento morto, mas uma matéria viva em constante processo de mudança. A quantidade de gordura no leite aumenta à medida em que a amamentação progride. O leite do início da mamada tem baixo conteúdo gorduroso e o leite do final é altamente rico em gordura; chegando a ser 5 vezes mais gordo.
média de gordura em qualquer mamada depende de quatro fatores:
1. Intervalo da mamada anterior (quanto maior o intervalo, menor a quantidade de gordura);
2. Concentração de gordura no final da mamada anterior;
3. Quantidade de leite ingerido na última mamada;
4. Quantidade de leite ingerido nesta mamada.

Quando a criança mama os dois seios, ela raramente esvazia o segundo seio. Para simplificar, basta dizer que ela toma 2/3 de leite desnatado e 1/3 de creme de leite. Contudo, a criança que mama somente um seio por mamada toma ½ leite desnatado e ½ creme de leite. Se ela toma um leite menos gordo (menos calórico), ela pode aceitar grandes volumes e consumir mais proteínas. Então o bebê que mama 50 ml de cada seio não mama o mesmo que um que toma 100 ml de um seio só; e a dieta do bebê que toma 80 ml a cada 2 horas é totalmente diferente da dieta do bebê que toma 160 ml a cada 4 horas.

Os fatores que controlam a composição do leite ainda estão sendo estudados e ainda não se sabe muita coisa. Por exemplo, sabe-se que um dos seios geralmente produz mais leite, com maior concentração de proteínas que o outro. Talvez seja só coincidência ou talvez seu filho decida isso, dando preferência a um seio em relação ao outro, escolhendo uma refeição com mais ou com menos calorias.

E você pensou que seu bebê mamasse sempre o mesmo leite? Você pensava que era entediante passar meses e meses tomando somente leite? Isso não é verdade com o leite materno. Seu bebê tem à disposição dele um grande cardápio para escolher, desde sopa leve a uma sobremesa bem cremosa. Uma vez que o seio não fala (nem pode entender o bebê), o bebê faz seu pedido de 3 formas:
1. Pelo tanto de leite que ele toma a cada mamada (mamando por um longo ou curto tempo e com mais ou menos intensidade);
2. Pelo intervalo entre uma mamada e outra;
3. Mamando um ou os dois seios.

O que seu bebê faz quando mama para obter exatamente o que ele precisa de um dia para o outro é uma obra de engenharia. O bebê tem total e perfeito controle da sua dieta, desde que ele possa mudar as variáveis de acordo com seu desejo. É isso que a livre demanda significa: deixar o bebê decidir quando ele quer mamar, por quanto tempo ele vai ficar no seio e se ele quer mamar um ou os dois seios.

Quando o bebê não tem o direito de controlar um dos mecanismos, na maioria das vezes ele tenta mudar uma ou outra variável. Num experimento, alguns bebês foram colocados para mamar somente em um seio por mamada, durante uma semana e nos dois seios na semana seguinte (a ordem foi variável). Em teoria, os bebês teriam ingerido muito mais gordura nos dias em que mamaram somente de um lado do que quando mamaram nos dois seios. Contudo, os bebês espontaneamente modificaram a freqüência e a duração das mamadas e foram capazes de ingerir quantidades similares de gordura (mas volumes diferentes de leite).

Se o bebê não tem a chance de modificar a freqüência ou duração das mamadas e ele não tem a oportunidade de decidir se quer mamar de um lado ou dos dois, ele fica perdido. Ele não consegue tomar a quantidade de leite de que precisa, mas acaba tomando o que lhe é oferecido. Se a sua dieta está muito longe das necessidades reais do bebê, ele terá problemas em ganhar apropriadamente ou passará o dia faminto e irritado. É por isso que amamentação em horários pré-estabelecidos raramente funciona e quanto mais rígido for o esquema, mais catastrófico é o resultado. Os bebês precisam mamar irregularmente, somente assim eles têm uma dieta balanceada.

Desde o primeiro dia, embora pareça que ela está tomando somente leite, a criança está escolhendo sua dieta a partir de uma gama de opções e ela sempre escolhe sabiamente, tanto na qualidade, quanto na quantidade.

Do livro My Child Won’t Eat, do pediatra Carlos González.
A tradução é de Flavia Oliveira Mandic.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

REUNIÃO MENSAL

ATENÇÃO MUDANÇA DO LOCAL DA REUNIÃO

Este mês de agosto, nossa reunião será no sábado, dia 30, e não dia 16 como estavamos planejando.
Dia 30 de Agosto, às 16 horas, no parque da Rua do Porto, ao lado do parquinho.
Maiores informações pelo telefone (19)9608-7275 ou pelo email grupomama@terra.com.br.

Lembramos que a reunião é aberta a gestantes, mães com seus bebês, pais, enfim, todos os interessados em conversar sobre a arte de amamentar. Não é necessário inscrição, é gratuito.

Contamos com sua presença!