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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Relato de amamentação

Relato de amamentação de Raquel, mãe de Elias e Sarah
Amamentando grávida e dois filhos de idades diferentes


Durante a minha primeira gestação eu não me preocupei muito com a amamentação, achava que para amamentar bastaria colocar no peito e pronto, que não havia segredos.
O pouco que eu li durante a gravidez sobre amamentação falava de amamentar exclusivo por 6 meses e depois por pelo menos 2 anos.

Lembro de um pequeno relato de uma mulher, onde ela contava que amamentou o seu ‘cordeirinho mamão’ até 5 anos, neste meio tempo ela engravidou, teve outro filho, este até desmamou e o ‘cordeirinho mamão’ continuou mamando até os seus 5 anos. Lembro-me bem que quando eu li isto vi ali uma possibilidade, coisas que nunca havia pensado: amamentar grávida, amamentar dois filhos ao mesmo tempo e principalmente amamentar prolongadamente.

Quando o Elias nasceu eu vi que a amamentação não era assim tão sem segredos. Não tive grandes problemas, mas superei diversos pequenos obstáculos. Na consulta de pós parto, o GO falou de planejamento familiar, eu disse que queria ter outro filho dentro de 2 ou 3 anos, mas não queria ter que desmamar um para ter outro. Ainda com o meu recém-nascido nos braços ouvi que eu não precisaria desmamar, que poderia amamentar grávida e amamentar depois os dois filhos sem problema.

Não há risco de se amamentar grávida, a não ser que exista risco de parto prematuro, que daí sim a hormônio liberado na amamentação pode adiantar o parto, mas se houver esta restrição medica para amamentar também haverá para sexo e algumas outras atividades, já que o hormônio liberado é o mesmo e as contrações provocadas pelo orgasmo são até mais intensas do que as provocadas pela amamentação, então se não há restrição para o sexo não há porque restringir a amamentação.

Sabendo isto passei a ter o meu ideal, amamentar prolongadamente, esperando o desmame natural e espontâneo, ter outro filho próximo, amamentar grávida e depois ambos os filhos. Era o que eu acreditava ser o melhor, o que eu queria e o que eu desejava, dependendo apenas da vontade deles também.

Quando engravidei novamente o Elias estava com 2 anos e 3 meses, já não mamava muito, mas logo que engravidei passou a mamar mais, para depois novamente reduzir. Quando ele tinha dois anos e meios foi a primeira vez que pensei em desmame, não em desmama-lo, mas no desmame como um processo longo que já havia começado

Foi tranqüilo amamentar grávida, não vou dizer que seja uma maravilha apesar de não ser de todo ruim. Os seios estão mais sensíveis, às vezes dói, a barriga começa a atrapalhar, estamos mais cansadas, temos mais sono, o humor muda, nossos hormônios mudam, o leite diminui. Eu sempre acreditei que amamentação era mais importante do que estes inconvenientes e continuei.

Não lembro em que ponto da gestação tive a nítida impressão de que meu leite havia secado, para depois de uns dias chegar o colostro. O Elias continuou mamando sem nunca falar ou reclamar de nada.

Quando a Sarah nasceu o Elias passou a mamar bem mais, nos primeiros dias posso dizer até mesmo que ele mamou mais que ela, até de madrugada ele voltou a mamar. No começo ele a via mamar e queria, ele não a via e queria da mesma forma. Junto com a Sarah veio a abundancia, muito leite e nisto o meu pequeno rapaz de 3 anos engordou 1kg em cerca de 1 mês de volta à amamentação (quase) exclusiva.

Aos poucos ele foi reduzindo novamente as mamadas, voltou a mamar como mamava antes de eu engravidar e seguiu no seu ritmo de desmame, mamando atualmente um ou duas vezes ao dia.

A Sarah, um bebê completamente diferente do que o Elias foi, com um ritmo de mamar diferente o tempo que ficava no peito, a freqüência que me solicitava. Agente sabe que um filho é diferente do outro, mas eu não imaginava que me surpreenderia tanto com estas diferenças. Para ela parece que o mundo é mamar, não pode ver, ouvir, cheirar, pensar que logo já quer: mamar, mamar, mamar... Penso que quando for ela a mais velha mamando junto de um próximo irmão, será bem diferente de como foi com o Elias mais velho, já que a relação dela com o mamá é completamente diferente da dele.

Eles mamaram muitas vezes juntos, muitas vezes separado. Amamentar um filho em cada peito com eles se fazendo carinho é uma das coisas mais gostosas que há. Só que amamentar dois filhos não é só isto, tem horas que um quer mamar justamente o peito que o outro está, o peito as vezes vira alvo de disputa e as vezes de união. Tem horas que não há coisa melhor para os ciúmes do que ter dois seios.

Para mim, amamentar os meus dois filhos de idades diferentes é algo tão natural como gestar e parir. A amamentação começou e vai terminar na hora dela, o Elias desmamará espontaneamente e enquanto isto não acontece, eu sigo amamentando, mesmo tento engravidado e amamentado outro bebê. O mesmo vale para Sarah, que desmamará um dia ainda muito longe, mesmo com uma nova gestação e com mais um filho no peito, eu continuarei a amamenta-la até que seja o momento dela de parar.

Para mim é importante respeitar o ritmo da criança e como não há motivos para não se amamentar grávida, eu não conseguiria ter um filho em detrimento do outro, e eu me sentiria assim se desmamasse em uma nova gestação.

Raquel mãe de Elias, 4 anos e Sarah 1 ano e 4 meses
e empreendedora de Ninho da Coruja

Postado originalmente no mamiferas: "Amamentar grávida é possível, sim!"
Leia também o primeiro relato e o segundo relato de amamentação de Raquel.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Relato de amamentação de Raquel, mãe de Elias e Sarah

Relato de amamentação de dois filhos com idades diferentes

Antes mesmo de engravidar, eu já sabia que poderia amamentar grávida, que não há contra-indicação a não ser que haja risco de parto prematuro. Eu já havia decidido que amamentaria durante a gestação e, depois, os dois até que o Elias desmamasse natural e espontaneamente.
Quando eu engravidei da Sarah, o Elias tinha 2 anos e 3 meses e mamava umas 5 vezes, três durante o dia e duas a noite.
No primeiro trimestre da gestação, ele mamou muito mais do que o normal, não sei bem quanto, mas mamou mais. Não só mamou mais, como também pedia mais minha atenção, mais mamãe, mais colo, etc.

No segundo trimestre, voltou ao normal, nem parecia que eu estava grávida. Voltou a mamar como antes de eu engravidar. Na verdade, até cortou uma mamada, passou a pedir para dormir na caminha dele, cerca de metade das noites (praticamos cama compartilhada) e foi um momento oportuno para um desmame noturno.
Eu nunca me incomodei de acordar à noite, por isso sempre vinha adiando o desmame noturno, mas com a gestação tive medo de ter que lidar com dois acordando à noite para mamar, então planejei um desmame noturno bem suave, o que foi feito em poucos meses.

No terceiro trimestre da gestação, ele voltou a me solicitar mais, mais mamãe, mais colo e mamar mais novamente. Algumas noites ele voltou a acordar e pedir mama.
Amamentar durante a gravidez foi relativamente tranqüilo. O mamilo ficou mais sensível em parte da gestação e no inverno eu tinha dor depois dele mamar, o que descobri que era causado pelo frio, então bastou passar a aquecer os seios depois da mamada para resolver o incômodo.

Dizem que amamentar adianta o parto, mas eu cheguei com 40 semanas sem problema nenhum. Conforme chegava o final da gravidez, eu imaginei que em alguma mamada entraria em trabalho de parto, mas não foi assim que aconteceu.
Eu já estava em trabalho de parto, bem fraquinho e suave, quando o Elias pediu para mamar. Ele queria dormir depois do almoço, então mamou uma meia hora e fez o trabalho de parto se intensificar.

A Sarah nasceu. Nasceu e mamou.
Pareceu uma boquinha tão suave, tão pequena, muito diferente do que eu estava acostumada fazia quase 3 anos... Eu achei que o Elias fosse querer mamar ao vê-la mamar, mas não, ele não pediu. Só depois que todos foram embora e ficamos só nos em casa é que ele mamou, mamou e dormiu, desmaiou, estava cansado e empolgado com o nascimento da irmã.

Enquanto era só o colostro, eu dava o peito primeiro para ela, e ele sempre mamava o peito que ela tinha mamado por último.
Depois desceu o leite, abundantemente e o esquema mudou. Ele mamava primeiro, mamava o excesso e ela mamava depois, mais tranqüila, sem esguichar leite. Ela nunca gostou de peito muito cheio. Eu dava o mesmo seio para ela até que ele mamasse novamente e tirasse o excesso do outro seio, daí passava a dar para ela este seio até a próxima mamada dele.
Se ele não queria tirar o excesso eu mesma tirava, ordenhando para o Banco de Leite, desde quando ela estava com 3 dias. As mamadas dele estavam mais irregulares, tinha dias que eu não ordenhava, tinha dias que ordenhava 3 vezes.

O Elias mamou muito depois que a Sarah nasceu, acho que nos primeiros dias chegou a mamar umas 9 vezes, até de madrugada voltou a mamar. Nas primeiras noites ela dormiu bem e ele mamou até mais vezes que ela.
Na segunda semana já mamou umas 5 vezes. Na terceira só três e tive que mudar o esquema novamente já que ela mamava com mais freqüência e não dava para deixar um seio tanto tempo sem mamar. Passei a dar um seio para ela e o outro para ele e para as ordenhas, este esquema deu bem certo por bastante tempo, com umas poucas adaptações.

Nas primeiras noites ele mamou bastante e seguiu mamando à noite, uma ou duas vezes por mais uns 3 meses. Deixei ele parar novamente por si só, já que não me incomodava.
Depois de um resfriado ele quis mamar a noite inteira, mas nada que uma conversa depois durante o dia não resolvesse. Na verdade, descobri que qualquer problema noturno deve ser conversado depois no dia seguinte para ser resolvido, como aconteceu em uma das primeiras noites que ele teve que esperar a Sarah mama e abriu o berreiro...

Aos poucos ele foi voltando a mamar o que ele mamava antes dela nascer. Acho que com uns 3 meses ele já mamava igual ao que era antes da gravidez. Lógico que tem dias em que de repente mama mais, mas isto sempre foi assim antes também.

A vantagem de se amamentar uma criança é que ela já entende muita coisa e sempre você pode conversar e explicar as coisas, mesmo as relacionadas ao mama. Fiz isto algumas vezes com o Elias, como nas acordadas noturnas dele e também sobre mamar em qualquer lugar, já que para ela dá para dar mama de pé na fila do banco, já para ele não dá...

Eu amamentei os dois ao mesmo tempo muitas vezes e vi que tem horas que não há coisa melhor para o ciúmes do que ter dois seios!
O Elias está no caminho do desmame, aos poucos vai perdendo interesse e mamando menos. Quanto tempo mais este processo vai demorar, só o tempo dirá.
A Sarah faz 9 meses hoje, está começando a comer, ainda mama muito e tem um longo caminho pela frente.

Raquel, mãe de Elias de 3 anos e 8 meses e de Sarah de 9 meses
e empreendedora de Ninho da Coruja

Leia também o outro relato de amamentação de Raquel

domingo, 28 de setembro de 2008

Desmame total – quando?

Desmame total – quando?
Dr. Marcus Renato, 28/3/2003

Esta é uma questão polêmica no mundo ocidental na atualidade. As mulheres têm recebido conselhos contraditórios, porque nós profissionais de saúde não chegamos à um consenso. A Academia Americana de Pediatria recomenda que os lactentes devem ser desmamados já aos 12 meses, enquanto a OMS e o UNICEF afirmam que os bebês devem ser amamentados até os 2 anos ou mais . Algumas mulheres ocultam que ainda amamentam seus filhos maiores de 1 ano para evitar a desaprovação dos pediatras e dos membros da família.

Estudos antropológicos revelam que em muitas culturas não ocidentais as mulheres amamentam comumente seus filhos até os 3-4 anos. Serão elas ou nós os excêntricos ? 
Não seria interessante nos compararmos a outros mamíferos para determinar qual a idade do desmame “ideal” se não tivéssemos sido influenciados por questões comerciais ou culturais?

Desmame ao alcançar o triplo do peso do nascimento - Esta idéia de que os mamíferos desmamam quando suas crias triplicam ou quadruplicam seu peso de nascimento aparece extensamente na bibliográfica sobre Amamentação (Lawrence, 1989). As pesquisas indicam que o desmame nos grandes mamíferos (incluídos os primatas – macacos, chipanzés, gorilas e o homem) ocorre alguns meses depois que o peso do nascimento de nossos filhos quadruplicam (Lee, Majluf & Gordon, 1991). Nosso lactente quadruplica seu peso ao nascer em torno dos 27 meses (os meninos) e aos 30 meses (as meninas).

Desmame ao alcançar 1/3 do peso do adulto - Estudos sugerem que os primatas se comportam como outros mamíferos desmamando a cada um dos seus descendentes quando eles alcançam um terço do peso de adulto (Charnov & Berrigan, 1993). Os humanos: alcançamos tamanhos bastante variáveis, porém com este critério o desmame teria lugar entre os 4 – 7 anos de vida.

Desmame de acordo com o tamanho corporal feminino - Harvey & Clutton-Brock (1985) publicaram um estudo que incluía uma equação para calcular a idade do desmame em função do peso do corpo da mulher adulta. Esta fórmula prediz que o desmame para os humanos seria entre os 2,8 e 3,7 anos.

Desmame em função da duração da gestação - Entre as espécies de primatas de grande tamanho, a duração do período de aleitamento materno excede amplamente a duração média do período de gravidez. Para os primatas mais próximos da espécie humana, o Chipanzé e o Gorila, a duração da amamentação é superior em mais de 6 vezes a duração do período gestacional. Os humanos: nos encontramos entre os primatas maiores e compartimos mais de 98 % do material genético com os Chipanzés e Gorilas. Utilizando-se deste critério, a idade natural do nosso desmame seria 4,5 anos – 6 vezes a duração da gravidez.

Desmame em função das erupções dentárias - De acordo com as investigações de Smith (1991), muitos primatas desmamam sua prole quando rompem os seus primeiros molares permanentes. Nossos molares emergem entre os 5,5 ou 6 anos. É interessante salientar que nossos filhos alcançam autonomia imunológica em torno dos 6 anos de vida, o que nos permite inferir que, ao longo de nosso recente passado evolutivo, nossas crianças dispunham de uma imunidade ativa até esta idade aproximadamente.

Os dados disponíveis sugerem que as crias humanas estão desenhadas para receber todos os benefícios do Aleitamento ao Seio durante um período mínimo de 2,5 anos e um aparente limite máximo de 7 anos. Hoje em dia muitas sociedades podem satisfazer as necessidades nutritivas das crianças a partir do 3º/4º ano de idade com alimentos de adultos modificados. As sociedades industrializadas podem compensar alguns (e não todos) os benefícios imunológicos da amamentação por meio de vacinas, antibióticos e melhorias sanitárias e higiênicas. Porém, as necessidades físicas, cognitivas e emocionais das crianças persistem.

Os profissionais de saúde, principalmente os pediatras, nutricionistas, psicólogos, os pais e o público em geral deveriam tomar consciência de que para alguns autores, entre os 3 e os 5 anos é uma idade razoável e apropriada para o desmame dos humanos, ainda que seja pouco habitual, e não cultural em nossas sociedades amamentar uma criança quando ela não é mais um bebê.

Referência
Dra. Katherine A, Dettwyler – Departamento de Antropologia – Texas A & M University College Station Texas. “Breastfeeding Abstracts” Ag. 1994, Vol . 14, no. 1

Leitura recomendada
“Tabus e Temores acerca del Destete Tardio” por Justin P. Call, MD (”Nuevo Comienzo” Nov.- Dec. 1990)

Agradecimento
Profa. Dra. Alejandra Marina Mercado – Universidad Nacional Del Camahue – Escuela de Medicina - Argentina

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Relato de desmame natural

Relato de desmame natural de Sarah, mãe de André

André tem 3 anos, tem um histórico de alergia a leite de vaca mesmo sendo amamentado exclusivamente (ele se sensibilizou por causa, provavelmente, de um hidratante a base de leite, nos primeiros dias de vida, e desenvolveu alergia a proteína do leite de vaca que eu consumia e chegava a ele através do meu leite). Ficou no peito sem experimentar nenhum outro alimento até ter 7 meses, e isso que eu tinha voltado ao trabalho com 5 meses. Mamava o leite que eu retirava na mamadeira com ponta de colher, para não ter confusão com outros bicos. Foi direto para os copinhos, fez muito acompanhamento por causa da alergia, ficamos até ele fazer dois anos, eu e ele sem tomar nada que tivesse leite ou derivados. Até hoje, ele não gosta muito de leite de vaca, prefere soja.

Amamentar sempre foi um prazer, mesmo ele acordando a noite. Mesmo tendo seus desconfortos ocasionais. E ele tem se desenvolvido independente e feliz.

Desde a gestação, nós respeitamos os ritmos dele. O parto foi normal, natural, não hospitalar, em casa de parto, sem apressarem, sem gritos. Com calma. Ele nasceu sem sobressalto: o coração dele não acelerou uma batida, graças a um ambiente e pessoas totalmente voltadas para fazer essa transição do modo mais calmo possível. Me parecia natural que esse mesmo respeito eu demonstrasse com a amamentação e o desmame.

Durante 3 anos amamentei em livre demanda. Quando ele queria, eu amamentava. E nos últimos meses, ele tem pedido cada vez menos, Primeiro começou a por conta própria mamar só de manhã e a noite, depois só a noite, depois só no meio da noite, e depois, passava dois, três dias sem mamar. Pedia de novo. Se acontecia algo diferente, voltava a mamar duas, três vezes, depois começava a espaçar de novo. Ainda tenho leite. Fazem já uns 5, 6 dias que ele não mama, e antes disso foram quase 10 dias. As vezes pede, fica olhando, olha para mim, e simplesmente deita do meu lado e ficamos juntos curtindo um ao outro. Ele percebeu que mesmo sem mamar eu continuo perto dele.

É importante para mim perceber que tudo está rolando no ritmo dele. Conforme ele se sente pronto, maduro para fazer as coisas.

Acho que isso é o mais importante para mim. Com isso, tudo tem sido sem traumas, para mim e para ele. Me sinto bem com isso, e ele também.

Ajudou muito conhecer bem o processo de amamentação e desenvolvimento da criança, porque eu consigo entender o que está rolando, então, mesmo ele tendo feito o processo, tudo que li sobre desmame natural ajudou muito a me deixar segura. Cama compartilhada também facilitou muito: ele se sente seguro com as horas que dorme junto com a gente, então não se sente abandonado por parar de mamar. Nós continuamos aqui apoiando ele.

E uma coisa boba mas importante: muito cuidado na alimentação. Quando se para de amamentar, nosso consumo calórico cai drasticamente, e é muito fácil ganhar peso. Estou agora começando a brigar com os quilinhos a mais que vieram com o processo de desmame dos últimos meses... (e sempre que uma mulher com bebê diz que quer emagrecer eu recomendo: amamente muito.)


É isso ai. Mais um passo rumo a independência... ele já não cabe no sling, está tirando a fralda (no tempo dele também, o que dá um trabalhão =P), parou de mamar. Me sinto cada vez mais segura de que minha escolha por uma gestação / parto naturais, por uma busca de exterogestação foi a coisa mais acertada que eu poderia ter feito.

Sarah Helena