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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Relato de amamentação

Relato de amamentação de Raquel, mãe de Elias e Sarah
Amamentando grávida e dois filhos de idades diferentes


Durante a minha primeira gestação eu não me preocupei muito com a amamentação, achava que para amamentar bastaria colocar no peito e pronto, que não havia segredos.
O pouco que eu li durante a gravidez sobre amamentação falava de amamentar exclusivo por 6 meses e depois por pelo menos 2 anos.

Lembro de um pequeno relato de uma mulher, onde ela contava que amamentou o seu ‘cordeirinho mamão’ até 5 anos, neste meio tempo ela engravidou, teve outro filho, este até desmamou e o ‘cordeirinho mamão’ continuou mamando até os seus 5 anos. Lembro-me bem que quando eu li isto vi ali uma possibilidade, coisas que nunca havia pensado: amamentar grávida, amamentar dois filhos ao mesmo tempo e principalmente amamentar prolongadamente.

Quando o Elias nasceu eu vi que a amamentação não era assim tão sem segredos. Não tive grandes problemas, mas superei diversos pequenos obstáculos. Na consulta de pós parto, o GO falou de planejamento familiar, eu disse que queria ter outro filho dentro de 2 ou 3 anos, mas não queria ter que desmamar um para ter outro. Ainda com o meu recém-nascido nos braços ouvi que eu não precisaria desmamar, que poderia amamentar grávida e amamentar depois os dois filhos sem problema.

Não há risco de se amamentar grávida, a não ser que exista risco de parto prematuro, que daí sim a hormônio liberado na amamentação pode adiantar o parto, mas se houver esta restrição medica para amamentar também haverá para sexo e algumas outras atividades, já que o hormônio liberado é o mesmo e as contrações provocadas pelo orgasmo são até mais intensas do que as provocadas pela amamentação, então se não há restrição para o sexo não há porque restringir a amamentação.

Sabendo isto passei a ter o meu ideal, amamentar prolongadamente, esperando o desmame natural e espontâneo, ter outro filho próximo, amamentar grávida e depois ambos os filhos. Era o que eu acreditava ser o melhor, o que eu queria e o que eu desejava, dependendo apenas da vontade deles também.

Quando engravidei novamente o Elias estava com 2 anos e 3 meses, já não mamava muito, mas logo que engravidei passou a mamar mais, para depois novamente reduzir. Quando ele tinha dois anos e meios foi a primeira vez que pensei em desmame, não em desmama-lo, mas no desmame como um processo longo que já havia começado

Foi tranqüilo amamentar grávida, não vou dizer que seja uma maravilha apesar de não ser de todo ruim. Os seios estão mais sensíveis, às vezes dói, a barriga começa a atrapalhar, estamos mais cansadas, temos mais sono, o humor muda, nossos hormônios mudam, o leite diminui. Eu sempre acreditei que amamentação era mais importante do que estes inconvenientes e continuei.

Não lembro em que ponto da gestação tive a nítida impressão de que meu leite havia secado, para depois de uns dias chegar o colostro. O Elias continuou mamando sem nunca falar ou reclamar de nada.

Quando a Sarah nasceu o Elias passou a mamar bem mais, nos primeiros dias posso dizer até mesmo que ele mamou mais que ela, até de madrugada ele voltou a mamar. No começo ele a via mamar e queria, ele não a via e queria da mesma forma. Junto com a Sarah veio a abundancia, muito leite e nisto o meu pequeno rapaz de 3 anos engordou 1kg em cerca de 1 mês de volta à amamentação (quase) exclusiva.

Aos poucos ele foi reduzindo novamente as mamadas, voltou a mamar como mamava antes de eu engravidar e seguiu no seu ritmo de desmame, mamando atualmente um ou duas vezes ao dia.

A Sarah, um bebê completamente diferente do que o Elias foi, com um ritmo de mamar diferente o tempo que ficava no peito, a freqüência que me solicitava. Agente sabe que um filho é diferente do outro, mas eu não imaginava que me surpreenderia tanto com estas diferenças. Para ela parece que o mundo é mamar, não pode ver, ouvir, cheirar, pensar que logo já quer: mamar, mamar, mamar... Penso que quando for ela a mais velha mamando junto de um próximo irmão, será bem diferente de como foi com o Elias mais velho, já que a relação dela com o mamá é completamente diferente da dele.

Eles mamaram muitas vezes juntos, muitas vezes separado. Amamentar um filho em cada peito com eles se fazendo carinho é uma das coisas mais gostosas que há. Só que amamentar dois filhos não é só isto, tem horas que um quer mamar justamente o peito que o outro está, o peito as vezes vira alvo de disputa e as vezes de união. Tem horas que não há coisa melhor para os ciúmes do que ter dois seios.

Para mim, amamentar os meus dois filhos de idades diferentes é algo tão natural como gestar e parir. A amamentação começou e vai terminar na hora dela, o Elias desmamará espontaneamente e enquanto isto não acontece, eu sigo amamentando, mesmo tento engravidado e amamentado outro bebê. O mesmo vale para Sarah, que desmamará um dia ainda muito longe, mesmo com uma nova gestação e com mais um filho no peito, eu continuarei a amamenta-la até que seja o momento dela de parar.

Para mim é importante respeitar o ritmo da criança e como não há motivos para não se amamentar grávida, eu não conseguiria ter um filho em detrimento do outro, e eu me sentiria assim se desmamasse em uma nova gestação.

Raquel mãe de Elias, 4 anos e Sarah 1 ano e 4 meses
e empreendedora de Ninho da Coruja

Postado originalmente no mamiferas: "Amamentar grávida é possível, sim!"
Leia também o primeiro relato e o segundo relato de amamentação de Raquel.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quem somos, um pouco de nossa história

O grupo começou em 2007 com uma idéia e cinco amigas se reunindo. Quatro delas, Raquel, Juliana, Kátia e Gisela, amamentavam seus bebes, e Letícia estava gestante.

No começo, nos reuníamos nas casas. Fazíamos um lanche da tarde, com conversas muito gostosas. Começamos a convidar pessoas do nosso círculo de amigos e tivemos varias participações que tornavam as reuniões ainda mais gostosas.

Surgiu, então, a vontade de ampliar a divulgação dessas reuniões para atingir mais pessoas e de nos tomarmos um grupo mais sério. Assim o grupo ganhou um nome: MAMA - Mães que Apóiam Mães na Amamentação e surgiu a necessidade de arrumar um espaço para as reuniões.

De pronto, tivemos amplo apoio do Banco de Leite Humano do Hospital da Cana, que reforçou a necessidade de um grupo de apoio em nossa cidade.

Com o espaço cedido, as reuniões passaram a ter mais participações e o grupo tornou-se uma realidade. Com o tempo, algumas integrantes voltaram a trabalhar, e Juliana e Raquel assumiram o papel de organizadoras e continuaram realizando as reuniões semanalmente.

Nestes anos mudamos algumas vezes o lugar das reuniões, até que encontramos o nosso local atual, no Satya Yoga, um ambiente muito agradável e acolhedor. Ganhamos um blog e um orkut, e, o mais importante, tivemos muitas participações, já que o grupo não existiria nem teria importância se não fosse pelas pessoas que nos procuram e fazem as nossas reuniões cada vez melhores.

Recentemente, ganhamos um reforço na equipe de organizadoras das reuniões, a Caroliny, que participa semanalmente das nossas reuniões, contribuindo muito com suas experiências de amamentação dos dois filhotes.

Conheça um pouco mais sobre cada uma de nós:

Juliana, 29 anos, mora em Piracicaba, mãe do Pedro, nascido em 30/09/2006, que mamou exclusivamente no peito até os 6 meses e desmamou naturalmente com 1 ano e 7 meses no inicio da nova gestação de Juliana. E mãe de Rafael nascido em 07/01/2009, que também mamou exclusivamente até os 6 meses e segue mamando.

Caroliny, 22 anos, mora em Piracicaba, mãe do Pedro Cirilo nascido em 16/11/2007, mamou exclusivamente até os 9 meses apesar da tentativa de introdução de alimentos desde 6 meses, Pedro Cirilo continua mamando em livre demanda. E mãe do Caetano nascido naturalmente em 05/10/2009 mamando exclusivamente. Caroliny segue amamentando os dois filhos, acredita na amamentação prologanda e no desmame espontâneo.

Raquel, 27 anos, mora em Piracicaba, mãe do Elias, nascido naturalmente em 20/12/2005, mamou exclusivo até 7,5 meses e continua mamando. E mãe de Sarah nascida naturalmente em 07/12/2008 mamou na primeira hora, mamou exclusivamente por 8 meses e continua mamando. Raquel segue amamentando os dois, doava o leite excedente ao Banco de Leite até 1 ano, acredita na amamentação prolongada e pretende deixá-los mamar até quando quiserem, desmamando espontâneo e naturalmente.
Leia o primeiro relato e o segundo relato de amamentação de Raquel.

Gisela, 37 anos, mora em Piracicaba, mãe da Stella, nascida em 30/03/2007, que, após ingurgitamento e fissuras sofridas pela mãe, mamou exclusivamente no peito até os 6 meses, idade com que foi para a escolinha e continuou mamando o leite que a mamãe tirava e mandava até 1 ano, enquanto a mãe fazia a doação do leite excedente ao Banco de Leite, até que, com 1 ano e 4 meses, Stella desmamou naturalmente. Gisela também é mãe de Matteo, nascido em 03/08/09, que mamou exclusivamente até os seis meses e segue mamando, enquanto a mãe segue doando o leite excedente ao Banco de Leite
Leia o relato de amamentação de Gisela.

Katia, 38 anos, mora em Piracicaba, mãe da Giulia, que nasceu em 27/09/2006 e mamou exclusivamente no peito até os seis meses. Quando voltou a trabalhar, deixava o leite materno para ser dado para Giulia no copinho. Giulia mamou até 2 anos e 4 meses.

Leticia, 33 anos, mora em Piracicaba, mãe da Marina, nascida em 30/10/2007 e mamou exclusivamente o leite materno até os 6 meses, mesmo ficando no berçário período integral, desde os 4 meses. Tirava leite para mandar para filha até 11 mese de idade. Marina desmamou com 1 ano e 2 meses. Letícia contou muito com a ajuda do Grupo MAMA desde a sua fundação.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Relato de amamentação de Raquel, mãe de Elias e Sarah

Relato de amamentação de dois filhos com idades diferentes

Antes mesmo de engravidar, eu já sabia que poderia amamentar grávida, que não há contra-indicação a não ser que haja risco de parto prematuro. Eu já havia decidido que amamentaria durante a gestação e, depois, os dois até que o Elias desmamasse natural e espontaneamente.
Quando eu engravidei da Sarah, o Elias tinha 2 anos e 3 meses e mamava umas 5 vezes, três durante o dia e duas a noite.
No primeiro trimestre da gestação, ele mamou muito mais do que o normal, não sei bem quanto, mas mamou mais. Não só mamou mais, como também pedia mais minha atenção, mais mamãe, mais colo, etc.

No segundo trimestre, voltou ao normal, nem parecia que eu estava grávida. Voltou a mamar como antes de eu engravidar. Na verdade, até cortou uma mamada, passou a pedir para dormir na caminha dele, cerca de metade das noites (praticamos cama compartilhada) e foi um momento oportuno para um desmame noturno.
Eu nunca me incomodei de acordar à noite, por isso sempre vinha adiando o desmame noturno, mas com a gestação tive medo de ter que lidar com dois acordando à noite para mamar, então planejei um desmame noturno bem suave, o que foi feito em poucos meses.

No terceiro trimestre da gestação, ele voltou a me solicitar mais, mais mamãe, mais colo e mamar mais novamente. Algumas noites ele voltou a acordar e pedir mama.
Amamentar durante a gravidez foi relativamente tranqüilo. O mamilo ficou mais sensível em parte da gestação e no inverno eu tinha dor depois dele mamar, o que descobri que era causado pelo frio, então bastou passar a aquecer os seios depois da mamada para resolver o incômodo.

Dizem que amamentar adianta o parto, mas eu cheguei com 40 semanas sem problema nenhum. Conforme chegava o final da gravidez, eu imaginei que em alguma mamada entraria em trabalho de parto, mas não foi assim que aconteceu.
Eu já estava em trabalho de parto, bem fraquinho e suave, quando o Elias pediu para mamar. Ele queria dormir depois do almoço, então mamou uma meia hora e fez o trabalho de parto se intensificar.

A Sarah nasceu. Nasceu e mamou.
Pareceu uma boquinha tão suave, tão pequena, muito diferente do que eu estava acostumada fazia quase 3 anos... Eu achei que o Elias fosse querer mamar ao vê-la mamar, mas não, ele não pediu. Só depois que todos foram embora e ficamos só nos em casa é que ele mamou, mamou e dormiu, desmaiou, estava cansado e empolgado com o nascimento da irmã.

Enquanto era só o colostro, eu dava o peito primeiro para ela, e ele sempre mamava o peito que ela tinha mamado por último.
Depois desceu o leite, abundantemente e o esquema mudou. Ele mamava primeiro, mamava o excesso e ela mamava depois, mais tranqüila, sem esguichar leite. Ela nunca gostou de peito muito cheio. Eu dava o mesmo seio para ela até que ele mamasse novamente e tirasse o excesso do outro seio, daí passava a dar para ela este seio até a próxima mamada dele.
Se ele não queria tirar o excesso eu mesma tirava, ordenhando para o Banco de Leite, desde quando ela estava com 3 dias. As mamadas dele estavam mais irregulares, tinha dias que eu não ordenhava, tinha dias que ordenhava 3 vezes.

O Elias mamou muito depois que a Sarah nasceu, acho que nos primeiros dias chegou a mamar umas 9 vezes, até de madrugada voltou a mamar. Nas primeiras noites ela dormiu bem e ele mamou até mais vezes que ela.
Na segunda semana já mamou umas 5 vezes. Na terceira só três e tive que mudar o esquema novamente já que ela mamava com mais freqüência e não dava para deixar um seio tanto tempo sem mamar. Passei a dar um seio para ela e o outro para ele e para as ordenhas, este esquema deu bem certo por bastante tempo, com umas poucas adaptações.

Nas primeiras noites ele mamou bastante e seguiu mamando à noite, uma ou duas vezes por mais uns 3 meses. Deixei ele parar novamente por si só, já que não me incomodava.
Depois de um resfriado ele quis mamar a noite inteira, mas nada que uma conversa depois durante o dia não resolvesse. Na verdade, descobri que qualquer problema noturno deve ser conversado depois no dia seguinte para ser resolvido, como aconteceu em uma das primeiras noites que ele teve que esperar a Sarah mama e abriu o berreiro...

Aos poucos ele foi voltando a mamar o que ele mamava antes dela nascer. Acho que com uns 3 meses ele já mamava igual ao que era antes da gravidez. Lógico que tem dias em que de repente mama mais, mas isto sempre foi assim antes também.

A vantagem de se amamentar uma criança é que ela já entende muita coisa e sempre você pode conversar e explicar as coisas, mesmo as relacionadas ao mama. Fiz isto algumas vezes com o Elias, como nas acordadas noturnas dele e também sobre mamar em qualquer lugar, já que para ela dá para dar mama de pé na fila do banco, já para ele não dá...

Eu amamentei os dois ao mesmo tempo muitas vezes e vi que tem horas que não há coisa melhor para o ciúmes do que ter dois seios!
O Elias está no caminho do desmame, aos poucos vai perdendo interesse e mamando menos. Quanto tempo mais este processo vai demorar, só o tempo dirá.
A Sarah faz 9 meses hoje, está começando a comer, ainda mama muito e tem um longo caminho pela frente.

Raquel, mãe de Elias de 3 anos e 8 meses e de Sarah de 9 meses
e empreendedora de Ninho da Coruja

Leia também o outro relato de amamentação de Raquel

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Reportagem na Tribuna de Piracicaba

Aparecemos na Tribuna de Piracicaba!

Grupo Mama organiza palestra sobre amamentação
em 07/08/2009

Grupo Mama começou a ser organizado por Juliana Chiarinelli Barreira e Raquel Hönig, assim que elas tiveram seus primeiros filhos, há três anos

Para comemorar a semana internacional da amamentação, que aconteceu do dia
1 a 7 de agosto, o Grupo Mama convidou a enfermeira Dayse Ruiz de Araujo, do Banco do Leite Humano, do Hospital Fornecedores de Cana (HFC), para falar sobre o assunto no dia 13, às 14 horas. A palestra será na rua São João, 1020, sala 3, centro, aberta a todas as interessadas.

O
Grupo Mama começou a ser organizado por Juliana Chiarinelli Barreira e Raquel Hönig, assim que elas tiveram seus primeiros filhos, há três anos. “Percebemos o quanto o apoio, a troca de experiências e informações eram importantes para incentivar a amamentação, tirar dúvidas e reduzir a insegurança das mães durante esse período de extrema importância para a saúde do bebê”, contou Juliana.

Baseado na iniciativa do
grupo Matrice, de São Paulo, Juliana e Raquel levaram a sério a iniciativa e estabeleceram parceria com o Banco de Leite Humano do HFC. “Percebemos que esse trabalho era necessário, inclusive para tratar de outras questões, como falta de espaços públicos para facilitar a amamentação, a licença maternidade de seis meses e o incentivo para que a amamentação continue após um ano. São temas que precisam estar sempre presentes para que a sociedade incorpore a amamentação materna com sendo algo vital”.

Na opinião de Juliana, muitas mães já têm definido que não vão amamentar, mas há aquelas que gostariam, mas não encontram apoio. “É nesse momento que entra o
Grupo Mama”, observa. Às mães interessadas, existe também o bloghttp://grupomama.blogspot.com, ou ainda http://matrice.wordpress.com/, com quem o Grupo Mama costuma manter intercâmbio para fortalecer o trabalho de divulgação.

OMS
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o leite materno deve ser a alimentação exclusiva do bebê até os seis meses de idade. Também é recomendável oferecê-lo, após essa idade e até os dois anos, associado a outros alimentos, porque a amamentação nutre, protege o bebê de doenças e colabora para o seu desenvolvimento.
No entanto, devido ao estilo de vida moderno, muitas mães, por questões de trabalho, não têm tempo para essa dedicação ao filho. Na segunda-feira,
3, a Secretaria Municipal de Saúde lançou uma cartilha sobre amamentação que será entregue aos médicos do sistema público de saúde e ONGs que tratam de mães na fase da amamentação. Dentre os ensinamentos, a cartilha explica como as mães podem atender a necessidade do filho de leite materno, sem que com isso comprometa suas atividades profissionais.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os bebês brasileiros são alimentados exclusivamente com o leite de suas mães em média até os dois meses de vida. Os dados foram revelados por uma pesquisa com cerca de 5.000 crianças realizada em 2006. Dez anos antes, segundo os registros oficiais, os bebês alimentavam-se exclusivamente do leite materno só durante o primeiro mês. O tempo, apesar de ter dobrado, é baixo.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Quem somos

Juliana, 28 anos, mora em Piracicaba, mãe do Pedro, nascido em 30/09/2006, que mamou exclusivamente no peito até os 6 meses e desmamou naturalmente com 1 ano e 7 meses no inicio da nova gestação de Juliana. E mãe de Rafael nascido em 07/01/2009 mamando exclusivamente. Juliana tem doado o leite excedente ao Banco de Leite Humano do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba.

Raquel, 26 anos, mora em Piracicaba, mãe do Elias, nascido naturalmente em 20/12/2005, mamou exclusivo até 7,5 meses e continua mamando. E mãe de Sarah nascida naturalmente em 07/12/2008 mamando exclusivamente. Raquel segue amamentando os dois e doando o leite excedente ao Banco de Leite, acredita na amamentação prolongada e pretende deixá-los mamar até quando quiserem, desmamando naturalmente.
Leia o relato de amamentação de Raquel.

Gisela, 36 anos, mora em Piracicaba, mãe da Stella, nascida em 30/03/2007, que, após ingurgitamento e fissuras sofridas pela mãe, mamou exclusivamente no peito até os 6 meses, idade com que foi para a escolinha e continuou mamando o leite que a mamãe tirava e mandava até 1 ano. Gisela, inclusive, fazia a doação do leite excedente ao Banco de Leite. Com 1 ano e 4 meses, Stella desmamou naturalmente.
Leia o relato de amamentação de Gisela.

Katia, 37 anos, mora em Piracicaba, mãe da Giulia, que nasceu em 27/09/2006 e mamou exclusivamente no peito até os seis meses. Quando voltou a trabalhar, deixava o leite materno para ser dado para Giulia no copinho. Giulia mamou até 2 anos e 4 meses.

Leticia, 32 anos, mora em Piracicaba, mãe da Marina, nascida em 30/10/2007 e mamou exclusivamente o leite materno até os 6 meses, mesmo ficando no berçário período integral, desde os 4 meses. Tirava leite para mandar para filha até 11 mese de idade. Marina desmamou com 1 ano e 2 meses. Letícia contou muito com a ajuda do Grupo MAMA desde a sua fundação.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Relato de amamentação

Relato de amamentação de Raquel, mãe de Elias

Quando engravidei pensei e planejei muito o parto, mas em momento nenhum pensei no depois, em como seria a amamentação. Para mim seria uma coisa simples, era só colocar no peito para mamar e pronto.
Não sei até onde esta minha falta de expectativas foi boa ou ruim. Em partes foi bom porque não fiquei com medo de ter problemas de algo dar errado, não tive frustrações porque não foi como eu queria, as coisas simplesmente foram acontecendo...
A única coisa que eu tinha era certeza que teria leite e que teria muito.
Na minha família todas tiveram bastante leite, lembro da minha tia doando leite, ela amamentou os cinco filhos, o mais novo até uns quatro anos. Minha mãe amamentou os quatro e lembro-me dela dizendo em vários momentos que tinha que tirar um pouco o excesso de leite para eu não engasgar, porque eu espaçava mais as mamadas que os outros três. Minha irmã, também amamentou a filha, vazava leite até quase um ano. Então a única ciosa que eu esperava era ter bastante leite!
Sei que ter muito leite não quer dizer nada, mas esta era a única expectativa que eu tinha.


O Elias nasceu, veio direto para o meu colo com o cordão ainda pulsando. Eu sem saber bem como tudo funcionava tentei colocá-lo para mamar direto sem deixá-lo descobrir primeiro, meu cheiro, minha pele, como se naquela hora ele tivesse que mamar, subestimei um pouco o contato que é tão essencial.

Acabou que ele não mamou naquela hora, teve apenas o contato, meu colo. Hoje me questiono que se não tivesse conduzido tanto aquele momento ele poderia ter sido mais especial e ele poderia ter descoberto meu seio, meu mamilo, ter mamado na primeira hora, coisas que considero tão importante e que é uma das coisas que pretendo superar com o próximo filho, sentir que fiz melhor.

Não sei bem que horas que ele mamou mesmo, porque eu dormi, não sei se foram 2 horas depois ou se foram 4, mas ele mamou. Fiz as coisas com a simplicidade que esperava que fossem, coloquei-o no peito e dei de mama, não sabia nem percebi que ele pegava errado, fazia muito barulho para mamar, a enfermeira depois veio me explicar que não podia fazer barulho, me mostrou como deveria ser a pega, como ele tinha que abocanhar, não tive muita dificuldade para corrigir a pega, mas este primeiro dia de pega errada me rendeu uma pequena fissura, nada grave, mas doeu por vários dias.

Segundo dia meu seio começa a ficar inchado, outra coisa me faltava conhecer melhor, apojadura. O pouco que sabia era da minha irmã comentar de quando o leite dela desceu.

Já me casa meu seio muito duro, mal dava para o Elias abocanhar. Antes de dar mama eu fazia uma pequena massagem ao redor do mamilo e tirava um pouco de excesso para ele conseguir pegar o seio, esta pelo menos foi uma das poucas informações sobre amamentação que levei da minha gestação.

Nas primeiras noites ele mamava de hora em hora, eu não sabia que existia gente que ensinava bebê a mamar com horários então pensava que estes horários iam surgir naturalmente. Demorou um pouco para ele ter um horário mais padronizado, mas não demorou muito para ele não acordar mais de hora em hora à noite...

Assim foram passando os dias, no começo ele ficava bravo com o excesso de leite, mas logo ele aprendeu a mamar ‘cuspindo’ o excesso, tinha que deixar uma fralda de pano sob a boca dele para pegar este excesso que escorria. Além de outra fraldinha no outro seio que vazava enquanto ele mamava.

Ele não tinha padrão nenhum durante o dia às vezes fazia intervalos de 30 min. outras raras vezes fazia de quase 2 horas, eu com receio de que não mamasse o leite gordo do final da mamada resolvi que se mamasse muito perto daria o mesmo seio, trocava de seio a cada 2 horas, a cada intervalo de 2 horas um seio não importa quantas mamadas ele fizesse, em menos de 2 horas seria no mesmo seio e mesmo assim ele não chegava a esvaziar o seio.

Com um pouco menos de um mês ele fez pela primeira vez um intervalo de 5 horas direto dormindo, este primeiro intervalo foi aumentado aos poucos, com três meses ele fazia entre 8 e 10 horas seguidas, mas isto tinha um inconveniente, meus seios ficavam muito cheios e eu chegava a acordar com dor nos seios. Resolvi começar a tirar leite antes de dormir para não acordar com dor durante a noite, esvaziava os seios à noite antes do banho, não tinha ainda banco de leite na cidade, este leite era usado então para as mais diversas coisas, desde alimentar as cachorras até ser passado como hidratante de pele durante o banho. Às vezes eu media por curiosidade, tirava em um copo, outras vezes tirava dentro do Box deixando escorrer pelo corpo, eram uns 100/200 ml jogados fora diariamente. Aos poucos fui tirando menos e a produção se ajustando até que não precisei mais tirar o excesso antes de dormir para dormir confortável.

Com dois meses ele começou a chupar dedo, para mim no começo isto foi motivo de grande preocupação, mas fui atrás de pessoas que o filho tivesse chupado dedo e o que encontrei é que crianças amamentadas por pelo menos dois anos costumavam parar de chupar o dedo sozinhas antes disso, as que mantinham geralmente tinham sido desmamadas antes dos dois anos. Como eu pretendia amamentar por dois anos, como a OMS recomenda, fiquei mais tranqüila. Às vezes ele largava o peito para chupar o dedo. Sempre que via ele chupando o dedo tentava tirar e dar o peito, tinha vez que isto o deixava muito bravo, tinha vez que funcionava.

Desde que nasceu ele nunca dormiu no quarto dele, no começo deixava num moisés ao lado da cama, depois a primeira dormida era no berço, depois vinha para o meu lado. Apesar dele dormir boas horas de sono seguidas, o resto de noite que faltava ele acordava com intervalo máximo de 1 hora e meia, acordando umas três vezes até acordar de vez. Então ele dormir este finalzinho ao meu lado me ajudava muito a descansar e ajudava na amamentação noturna. Quando começou a esfriar o tempo e eu tomei mais coragem assumimos de vez a cama compartilhada e ele passou a dormir a noite todo ao meu lado, o que facilitou ainda mais as acordadas.

Os seis meses se aproximavam e eu comecei a questionar porque eram seis meses para introdução dos alimentos e não cinco ou sete? As únicas respostas que encontrei foram que antes dos seis meses não poderia dar nada, mas que poderia adiar um pouco a introdução. Sem o peso dos seis meses nas costas fui levando mais um pouco. Meus irmãos vieram visitar, fomos viajar e assim se passou mais um mês. Com sete meses já planejando introduzir os alimentos o Elias pegou uma virose, não só ele como meu marido, eu meu irmão, meu pai e mais metade das pessoas que encontramos no aniversario do meu irmão. Muitos vômitos, diarréia, muito leite materno e algum remédio, dado na colher. Ele chegou a quase desidratar, não aceitou soro, mas o leite materno foi suficiente para não deixá-lo piorar mais. Com esta virose ele começou a acordar mais a noite e seguiu acordando por muito tempo...

Depois que ele melhorou resolvemos começar com os alimentos. Ele tinha criado certa repulsa pelas colheres já que eu tinha dado algum remédio nelas e ele só as tinha conhecido para isto.
Já havia lido que quando a criança está pronta para os alimentos ela tem já certa capacidade de se alimentar sozinha, então foi assim que começamos: Elias, comida e muita sujeira!! Depois comecei com a colher e bem aos poucos com todos os alimentos.

Só depois de um ano que fui levar a alimentação mais a serio, evitar que ele mamasse antes de uma refeição, tentar dar sempre nos mesmos horários, ele foi comendo cada vez mais e reduzindo aos poucos as mamadas.

Com um ano e pouco ele fez uma greve de amamentação. O que é uma greve? É quando a criança para subitamente de mamar e isto dura apenas alguns dias, ele ficou quatro dias praticamente sem mamar, nos primeiros dois ele até pedia o peito, mas não mamava, pagava e largava, nos outros dois nem isto, nem mesmo a noite, nem dormindo.

Foi difícil para mim, eu não sabia o que era esta tal de greve e tive muito medo do desmame, para mim, amamentar menos do que a OMS recomenda seria em parte um fracasso, além de que não acho que nem eu nem ele estávamos prontos, ele ficava com o dedo na boca olhando para mim, como se quisesse mamar, mas algo o impedisse. Depois destes quatro dias ele mamou dormindo e aos poucos foi voltando a mamar, depois para compensar ele mamou muito mais do que de costume por umas duas semanas. Lógico que com esta grave a produção diminuiu e em partes ele mamar mais foi uma forma de estimular a produção a voltar ao normal.

A partir da greve ele foi aos poucos diminuindo a sucção digital, até que com um ano e oito meses ficou uma semana sem chupar o dedo, depois mais umas e foi indo assim por mais um mês até que ele largou de vez, com um ano e dez meses ele já não chupava mais dedo e pouco depois já parecia que nem sabia o que era aquilo, confirmando minha teoria de que se eu mantivesse a amamentação ele largaria o dedo antes dos dois anos.

Desde que ele passou a acordar a noite eu adiei tomar alguma atitude. Pensei em esperar um ano, depois um ano e meio, depois dois anos, mas geralmente pensava em fases que ele acordava mais e quando passavam eu resolvia levar mais e não fazer um desmame noturno. Eu nunca gostei da idéia de negar o mama, mesmo à noite e sempre acreditei que a amamentação noturna tinha certa função, afinal o pico de prolactina, hormônio responsável pela produção, ocorre na madrugada e nunca achei que isto fosse por acaso.

Quando decidimos pelo segundo filho comecei a pensar mais no desmame noturno, já sabia que poderia amamentar durante a gestação se ela não fosse de risco, já tinha decidido fazê-lo, mas amamentar dois a noite não estava nos meus planos. Conversando com uma amiga ela disse que os filhos passaram a dormir a noite toda durante suas gestações, resolvi então esperar engravidar, afinal teria mais nove meses para resolver isto.

Engravidei, os seios ficaram mais sensíveis, mas a amamentação continuou sem maiores problemas, às vezes tinha que arrumá-lo no peito ou tomar mais cuidado quando ele pegava ou soltava o seio se fosse de qualquer jeito poderia doer.

Com três meses de gestação e o Elias tendo dois anos e meio, resolvi desmamar a noite, de uma forma bem lenta e calma. Simplesmente parei de oferecer, se ele resmungava tentava confortá-lo de outra forma, se não tivesse jeito dava mama. Só com isto em poucas semanas ele já dormia bem melhor.

Conforme a gestação foi caminhando o leite foi diminuindo, cada vez menos leite, eu já não consigo mais tirar uma gota, mas ele ainda mama normalmente, bem menos vezes. A gestação segue tranqüila, uma coisa não está interferindo na outra, não dói para dar de mama, o peito fica mais sensível o que faz com que eu tenha que tomar mais cuidado principalmente quando ele quer mexer a cabeça mamando ou na hora em que vou tirar o peito.

Aos poucos ele foi reduzindo as mamadas, mesmo antes de eu engravidar ele já não mamava mais tantas vezes. Aos dois anos ele mamava em media umas cinco vezes, agora quase no final da gestação ele tem mamado apenas umas três vezes, acredito que quando o bebê nascer ele vá querer mamar mais vezes, mas vejo que ele está em processo de desmame, não sei bem quanto tempo isto vai levar, se vai ser alguns meses ou mais de um ano, mas percebo que ele está desmamando no ritmo dele e que uma hora ele vai parar. Eu pretendo levar até onde ele for e vamos ver como será amamentar dois filhos...

Raquel, mãe de Elias 2 anos e 9 meses mamando

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Relato de Amamentação

Relato de Amamentação de Gisela, mãe de Stella

Minha filha, Stella, nasceu em São Paulo, no dia 30 de março de 2007, uma sexta-feira, às 8:00 horas. No sábado à noite, meu peito já estava endurecendo. Chamei a enfermeira de plantão e ela me disse que se tratava da “apojadura”, que o leite estava descendo e era tudo normal, mas providenciaria o necessário. Ocorre que as enfermeiras só apareceram no dia seguinte para fazer uma compressa fria. E já era tarde demais. Até a aréola estava endurecida e minha filha não conseguia pegar o peito.

Nos horários das mamadas, passei a ir até o berçário, onde uma das enfermeiras massageava apenas a parte próxima da aréola, o suficiente para ordenhar um pouquinho de leite e dar à minha filha de copinho. A dor que eu sentia quando retiravam o leite era enorme, mas ficava pequena perto do desespero de ver minha filha chorando de fome, aguardando inocentemente aquele ritual lento... O pior é que nem sempre conseguiam ordenhar o necessário e aí veio o momento crítico: assistir uma enfermeira dando leitinho industrializado para meu bebezinho.

Quando eu recebi alta, na segunda-feira, perguntei para a enfermeira o que eu deveria fazer para resolver a situação. Ela tomou conhecimento do que estava acontecendo e se sensibilizou. Foi a primeira a me dar orientações mais consistentes, porque até aquele momento, quando mudavam os turnos, mudavam também as recomendações. Eu cheguei a ser colocada na sala de ordenha, com a finalidade de voltar com o peito mais vazio para casa. Só que não foi o bastante.

Saí da maternidade em pânico, pois sentia que não conseguiria amamentar minha filha. E os primeiros dias foram mesmo terríveis: minha filha realmente não conseguiu pegar o peito e eu não soube ordenhar leite suficiente... Além disso, embora eu já tivesse lido em revistas que o bebê não pode pegar só o mamilo, que teria que pegar também grande parte da aréola, ela estava tão dura que era impossível. Quando minha filha conseguia sugar alguma coisa pegando só o mamilo, eu acabava deixando, pois achava que assim pelo menos ela se alimentaria um pouco. O resultado foram inúmeras fissuras e uma dor lancinante.

O choro de fome da Stella era desesperador e por um triz não pedi para alguém correr na farmácia de plantão, para comprar o tal NAN. Liguei para um médico e ele chegou a me falar que uma possibilidade seria tomar um remedinho para reduzir a produção de leite até secar.

Fiquei completamente confusa.

Foi então que consegui a indicação de uma enfermeira e obstetriz especializada em amamentação, que, mesmo fazendo um atendimento em outra cidade, já me deu diversas orientações por telefone. Depois ela me atendeu em casa, me explicou que o leite tinha “empedrado” e que teria que ser retirado, porque daquele jeito minha filha não conseguiria mesmo mamar, além de eu correr o risco de a situação evoluir para uma mastite.

Essa profissional ficou quase cinco horas em casa, conversou pacientemente comigo, dando todas as orientações possíveis sobre amamentação. Ela me ensinou como eu teria que fazer para esvaziar as mamas e, depois dela fazer uma longa massagem, senti que o meu peito já tinha voltado ao normal, o que até então parecia impossível de acontecer tão rápido.

No dia seguinte, a Stella já conseguiu mamar muito bem. Continuavam, porém, as fissuras e, consequentemente, muita dor.

Com as orientações que recebi passei a tratar dos ferimentos e, passadas algumas semanas, a amamentação já tinha se tornado um prazer enorme para mim, sobretudo porque o contato que me permite ter com minha filha é encantador e gratificante. Serei eternamente grata, pois, se não tivesse recebido orientação adequada, certamente teria desistido: com medo de minha filha passar fome, eu teria recorrido ao NAN e, possivelmente, causado o desmame precoce dela.

Passei, então, a me informar ainda mais sobre amamentação. Com ajuda das outras mães do Grupo MAMA, consegui amamentar exclusivamente minha filha com leite materno até ela completar seis meses. Quando voltei a trabalhar e a Stella passou a freqüentar o berçário, comecei a ordenhar leite e mandar para escolinha, para que dessem a ela num copo com bico de silicone, doando o leite excedente para o Banco de Leite do Hospital dos Fornecedores de Cana.

O Grupo MAMA também me ensinou os benefícios da amamentação prolongada e minha filha, agora com praticamente um ano e três meses segue mamando, firme e forte.

Hoje eu entendo porque tantas mães desistem de amamentar quando encontram dificuldades como a que eu experimentei e sequer têm consciência de todas as vantagens que a amamentação traz, para elas e para os bebês. É por isso que os grupos de apoio à amamentação são tão importantes: se mais mães tiverem a ajuda certa no momento certo, mais bebês serão beneficiados com o aleitamento materno.

Gisela

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quem somos

Juliana, 27 anos, mora em Piracicaba, mãe do Pedro, nascido em 30/09/2006, que mamou exclusivamente no peito até os 6 meses e desmamou naturalmente com 1 ano e 7 meses, provavelmente em razão da nova gestação de Juliana.

Gisela, 35 anos, mora em Piracicaba, mãe da Stella, nascida em 30/03/2007, que, após ingurgitamento e fissuras sofridas pela mãe, mamou exclusivamente no peito até os 6 meses, idade com que foi para a escolinha e continou mamando o leite que a mamãe tirava e mandava até 1 ano. Gisela, inclusive, fazia a doação do leite excedente ao Banco de Leite Humano do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba. Com 1 ano e 2 meses, Stella segue mamando no peito de manhã e à noite.

Raquel, 25 anos, mora em Piracicaba, mãe do Elias, nascido naturalmente em 20/12/2005, mamou exclusivo até 7,5 meses e continua mamando até hoje com 2 anos e meio. Acredita na amamentação prolongada e pretende deixa-lo mamar até quando quiser, desmamando naturalmente.

Leticia, 31 anos, mora em Piracicaba, mãe da Marina, que nasceu em 30/10/2007 e mamou exclusivamente o leite materno até os 6 meses, mesmo ficando no berçario periodo integral, desde os 4 meses de idade. Tira leite para mandar para filha até hoje e pretende continuar mandando enquanto puder. Contou muito com a ajuda do Grupo MAMA desde a sua fundação. E Marina vai crescendo e mamando, esperta e bem humorada.

Katia, 36 anos, mora em Piracicaba, mãe da Giulia, que nasceu em 27/09/2006 e mamou exclusivamente no peito até os seis meses. Quando voltou a trabalhar, deixava o leite materno para ser dado para Giulia no copinho. Com 1 ano e 8 meses, Giulia segue mamando no peito três vezes ao dia (manhã, meio do dia e a noite).

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Reportagem na Gazeta de Piracicaba

Saimos na Gazeta!
Grupo de mães se reúne para discutir dificuldades típicas do período de amamentação
FELIPE RODRIGUES


Um grupo de mães em Piracicaba resolveu compartilhar algumas das dificuldades, expectativas e sucessos durante o período de amamentação. O Grupo Mama, formado por mães voluntárias, se reúne todas as quintas-feiras no Saraswati Yoga para discutir problemas em comum e dividir experiências durante o período. Embora seja um ato natural, a amamentação é um comportamento que precisa ser aprendido, explica Juliana Chiarinelli Barreira, coordenadora e mãe de Pedro Ramos da Cruz, de um anos e um mês.

"Não somos profissionais no assunto, somos somente mães que acreditam na importância do aleitamento materno e da ajuda mútua", relata Rachel Honig, mãe do pequeno Elias Honig, de um ano e dez meses. O objetivo é trocar experiências vividas, para que elas se fortaleçam e se informem sobre outras histórias, outras formas de agir. "Queremos enfrentar e superar todas as fases, pois a amamentação é um constante aprendizado, cheio de desafios", completa.

Entre as dificuldades vividas pela mãe, elas destacam: o fato de que nos primeiros dias, quando o bebê praticamente mama o dia inteiro e a mãe ainda está um pouco vulnerável, exigindo completa disponibilidade e doação; a volta ao trabalho em geral quando o bebê tem em torno de quatro ou cinco meses; a retirada e armazenamento do leite materno para ser dado ao bebê na ausência da mãe; a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses; e a amamentação prolongada, após o segundo ano.

Durante os encontros, não há aulas, nem palestras. Os assuntos surgem de acordo com as necessidades de cada momento. As mães começam se identificando e apresentando seu problema na amamentação. Os problemas mais freqüentes naquela reunião são os que serão abordados. "O roteiro que temos é o de nos sentarmos em círculo e ao começar a reunião cada pessoa se apresentar e já colocar a razão da sua presença ali. A partir daí começamos a discutir sobre esses assuntos", assinala Rachel.

As reuniões sempre são "de mãe para mãe", mas sempre com respaldo técnico. "Seguimos as orientações da Organização Mundial da Saúde, incentivando a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, a amamentação até os dois anos ou mais, evitando o uso de mamadeiras e chupetas", informa Juliana - sempre acompanhadas dos bebês. Renata Kantovitz participou pela primeira vez do grupo na semana passada, acompanhada do filho Leonardo, de quatro meses. "Legal porque aqui a gente pode relatar algumas das coisas que nos acontecem e saber se é mesmo normal ou não. A insegurança da mãe com o filho recém-nascido as vezes é muito grande e isso nos ajuda bastante", relata.

Benefícios
Entre algumas vantagens do aleitamento materno, o leite contém proporções ideais de água, proteínas, gorduras, vitaminas, açucares e sal necessários aos primeiros seis meses de vida, além dos anticorpos que funcionam como vacinas naturais, protegendo o bebê até que ele forme o seu próprio sistema imunológico. Segundo uma estimativa do Unicef "se todos os bebês fossem exclusivamente amamentados durante os seis primeiros meses de vida e continuassem a mamar até os dois anos de idade, quase 1,3 milhão de crianças poderiam ser salvas".

Serviço
Reuniões de mãe para mãe acontecem às quintas, das 15h30 às 17h30, no Centro Saraswati Yoga, na rua Samuel Neves, 290. Gratuito. Informações pelo telefone 9608-7275 ou pelo e-mail grupomama@terra.com.br

OBS. Nossas reuniões mudaram de local, agora elas são CENTRO DE MEDICINA INTEGRADA - CMI, na Av. Barão de Valença, n° 1044.